Parque Estadual do Jaraguá, conhecido como Pico do Jaraguá, é o ponto mais alto da cidade de SP

Para ter uma vista deslumbrante a partir do Pico do Jaraguá, é fundamental que o céu esteja aberto e poder enxergar os lugares mais distantes. Depois que termina a trilha há ainda uma escada de concreto de 242 degraus e dois mirantes. O primeiro é Pico do Papagaio com 1.127 metros e o mais alto, é do Pico do Jaraguá, com 1.135 metros. Vale a pena subir a escadaria.

De lá, é possível ver São Paulo, parte de Osasco, as rodovias Bandeirantes, Anhanguera e Rodoanel, além do início da Serra do Mar. Indo até o final e, mesmo que esteja muito cansado da trilha, vale fazer um esforço para subir a escadaria. A vista de cima é muito deslumbrante.
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O Parque Estadual Jaraguá possui 492 hectares e abriga um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da Região Metropolitana de São Paulo. Antiga fazenda do ciclo do ouro, sua área foi adquirida pelo governo estadual em 1940 e transformada em parque estadual em 1961, com o objetivo de proteger os recursos naturais da região, incentivar a pesquisa e promover a educação ambiental.

Em 1994, foi considerado pela UNESCO um Patrimônio da Humanidade, integrante da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo. A palavra Jaraguá vem do tupi e significa “Senhor dos Vales”. Característica marcante do Parque, com montanhas que chegam a 1.135 metros de altitude e podem ser visualizadas de várias partes da cidade. Isso caracteriza o Parque como um atrativo natural único da cidade de São Paulo.

Nas trilhas do Parque, é possível observar espécimes nativos de flora e fauna, como macaco-prego, tucano-do-bico-verde, bicho-preguiça, palmito-juçara, guapuruvus, ipê-amarelo, pau-d’alho, dentre outros.

Fauna

Grande variedade de aves como: tucano de bico verde, pica-pau branco, pica-pau de banda branca, pica-pau de cabeça amarela, pica-pau anão, martim-pescador grande, Martim pescador pequeno, Martim pescador verde, garça-branca, Garça Moura, socó, biguá, biguatinga, mergulhão, saíra-sete-cores, bem-ti-vi, beija-flor, periquito, João Barbudo, Gavião Carijó, Caracará, Pavó, Teiú.

Algumas espécies de mamíferos como: macaco-prego, veado-mateiro, bicho-preguiça, jaguatirica, ratão-do-banhado, furão, quati, sagüi e outros. Espécies variadas de répteis como lagartos, Teiú, cagados, jabutis e cobra dentre as quais podemos citar a cobra coral e Jararaca.

Uma imensa variedade de espécies de insetos como borboletas e outros além de uma espécie endêmica. Muitas espécies de aranhas tais como, caranguejeira, aranha marrom, armadeira e outras.

Flora

Remanescente da Mata Atlântica e também de espécies nativas e exóticas. Existem palmeiras, palmito-juçara, samambaiaçu, guapuruvu, paineira, figueira, jatobá, aroeira, cambará, gameleira, angico, quaresmeira, manacá-da-serra, ipê, cedro, jequitibá, pau-jacaré, pau-ferro, araribá, embaúba, goiabeira, pitangueira, xixá, bromélias, orquídeas entre outras.

As primeiras notícias do local datam do início do século XVI quando o governador da Província, Martim Afonso de Souza, contribuiu para o início do ciclo do ouro e o Grande Casarão. A exploração do ouro estendeu-se até meados do século XIX, quando a atividade econômica principal passou a ser o cultivo do café.

A partir daí a fazenda Jaraguá passa por vários proprietários até 1940, quando foi adquirida pelo Governo do Estado; em 1961 foi criado o Parque Estadual do Jaraguá. Em meados da década 60, quando a prefeitura de São Paulo transformou o local em parque, o elevado começou a ser chamado de Pico do Jaraguá pelos moradores e turistas.

Entretanto, devido a reentrância que corta o morro em dois pedaços, ele é oficialmente reconhecido como dois, ou seja, os dois picos do Jaraguá.

Ao longo dos quase 30 quilômetros quadrados do distrito e bairro Jaraguá há outros morros que se impõem no cenário. Um deles, o qual pode ser acessado através da rua do Pôr do Sol e possui cerca de 840 metros de altitude, o Morro Bandeirantes.
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Outro elevado, carcomido pela empresa Conspedra que possuía uma pedreira no local antes da década 80, expõe seus granitos para quem passa pela Estrada do Corredor. Esse morro é chamado pelos moradores locais de “Pedra da Baleia“.

E Por fim, mas não menos importante, encravado na borda da Cantareira está aquele denominado como Torres Parque Taipas ou Morro de Taipas, com seus mais ou menos 1.211 metros de altura. Hoje o Fundação Florestal é responsável pelo local, tendo como principais atribuições: proteger seus Recursos Naturais, incentivar a Pesquisa e promover a Educação Ambiental.

A região está situada nas bordas da Bacia Sedimentar de São Paulo. A área da bacia constitui-se de níveis topográficos diversos, proporcionando diferentes feições ao terreno, onde aparecem, de modo alternado, planícies fluviais, terraços de deposição fluvial, colinas terraceadas, colinas de feições tabulares, patamares e rampas, além de maciços residuais, como o Pico do Jaraguá, ponto mais alto da região, com 1.135m de altitude, o qual está no interior do Parque.

Relevo e clima do Parque Estadual do Jaraguá

Nota-se a presença de rochas migmatíticas heterogêneas em relevos bastante variados de morrotes, morros altos e médios com moderados a intensos processos de dissecação, média a alta declividade, argissolos, cambissolos e alguns setores de latossolos, além da elevada densidade de drenagem.

O Pico do Jaraguá enfrenta problemas com a elevada abundância de espécies exóticas que requer maior rigor no seu controle e isso aumenta os custos no plano de manejo do parque. Outro problema está na realização de fogueiras, que podem desencadear em incêndio.

Serviço
Endereço: Rua Antônio Cardoso Nogueira, 539, Vila Chica Luisa.
Horário de Funcionamento: Terça-feira à domingo das 7h às 17h